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Investigações sobre Diretora de Núcleo de Educação em Irecê Podem Revelar Irregularidades Maiores.

  • Foto do escritor: Redação O Informante
    Redação O Informante
  • 6 de fev.
  • 2 min de leitura


O Ministério Público do Estado da Bahia instaurou um procedimento administrativo para apurar possíveis irregularidades na gestão de Fabrizia Pires de Oliveira, atual diretora do Núcleo Territorial de Educação (NTE) de Irecê. As investigações foram motivadas por uma surpreendente evolução nos gastos públicos do órgão, que em 2024 atingiram o valor de R$ 1.574.709,09 — um montante significativamente superior aos R$ 27.036,40 registrados em 2020, sob a gestão do ex-diretor Clendson Barreto.


A disparidade nos números chamou a atenção do Ministério Público, especialmente diante do fato de que o irmão da diretora, Hernandes Pires de Oliveira, foi eleito vereador de Ibititá no mesmo ano do recorde de despesas. A coincidência temporal levanta suspeitas de uma possível relação entre o uso de recursos públicos e interesses familiares, em potencial afronta aos princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade.


Dentre os gastos considerados exorbitantes estão R$ 139.000,00 em alimentação para os jogos escolares, consumidos em apenas três dias; R$ 43.000,00 na aquisição de aparelhos de ar-condicionado; R$ 30.000,00 em cartuchos para impressoras somente no mês de março; R$ 27.513,97 em diárias para a própria diretora; e R$ 26.000,00 para uma confraternização de fim de ano. O valor de R$ 200,00 pago por unidade de cartolina também foi destacado como possível indício de sobrepreço.


A promotora de Justiça Edna Márcia Souza Barreto de Oliveira requisitou, por meio de ofício, todos os processos licitatórios – com ou sem competição – realizados pela atual gestão do NTE, além de documentação referente aos pagamentos de diárias de todos os servidores e a identificação dos responsáveis pelas compras de bens e serviços do órgão.


Fontes próximas ao caso revelam que o clima dentro do NTE de Irecê é de tensão, com servidores temendo serem chamados a depor, sem conseguir justificar as aquisições consideradas suspeitas. O episódio já começa a ter desdobramentos políticos. O deputado estadual Cafú Barreto, em discurso na Assembleia Legislativa da Bahia, denunciou o que chamou de “balcão de negócios” no Núcleo Territorial de Educação, alegando que Fabrizia Pires de Oliveira estaria utilizando o cargo para fins pessoais.


Juristas ouvidos apontam que o processo, registrado sob o número IDEA nº 698.9.46008/2025, pode levar à análise de responsabilidades de outros gestores públicos vinculados ao setor educacional. Caso as suspeitas sejam confirmadas, a situação pode se agravar e alcançar outras esferas administrativas.


Diante da gravidade dos fatos e do potencial de novas descobertas, o caso em Irecê pode ser apenas o início de um quadro mais amplo de irregularidades. O Ministério Público segue apurando com rigor, e novas revelações podem surgir à medida que o processo avança.

 
 
 

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